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No âmago do livro de Ezequiel, um dos textos mais intrigantes e enigmáticos do Antigo Testamento, encontram-se tensões profundas entre realidades aparentemente opostas. Como entender um Deus ao mesmo tempo severo e compassivo, presente e ausente, destruidor e restaurador? Como conciliar a pureza divina com a imperfeição humana, ou a soberania absoluta de Deus com a responsabilidade individual do ser humano?Ao longo deste livro procuramos explorar essas contradições teológicas e filosóficas que permeiam a profecia de Ezequiel. Através de uma abordagem econômico/sociológica o livro revela como esses paradoxos — ou oximoros — não são apenas figuras de linguagem ou conceitos abstratos, mas realidades vividas por Israel em meio ao exílio babilônico e à crise espiritual e social de sua época. O oximoro “Santidade-Humanidade” busca capturar a tensão entre a pureza e perfeição divina, que ele enfatiza em suas visões e leis, e a fraqueza e pecaminosidade humana. Ezequiel confronta o povo de Israel com sua impureza moral e espiritual (idolatria, injustiça), mas também fala sobre como Deus deseja santificar o Seu povo, transformando sua humanidade falha. A ideia de uma humanidade santificada e de um Deus que atua na história humana cria uma interessante interseção entre esses dois conceitos aparentemente opostos. Por sua vez, o oximoro “Soberania Divina-Consciência Humana” destaca o paradoxo teológico central entre a soberania absoluta de Deus e a responsabilidade moral e consciência humana, relacionando, assim, o controle absoluto de Deus sobre os eventos (predestinação e julgamento divino) e a responsabilidade individual e a liberdade de escolha humana.Assim, ao analisar temas como a santidade de Deus e a fragilidade humana, a justiça divina e a autonomia moral, procuramos iluminar questões que continuam sendo profundamente relevantes para a sociedade contemporânea. De forma que o leitor é convidado a refletir sobre a natureza do relacionamento entre o divino e o humano, e sobre como essas tensões ajudam a moldar nossa compreensão de justiça, liberdade, fé e da própria condição humana. Para que, enfim, possamos através do conhecimento do presente, entender melhor o livro de Ezequiel e refletir sobre as grandes questões da vida, da espiritualidade e da sociedade.