Jovino Pereira da Fonseca Neto
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Este livro pretende demonstrar que a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) representou uma viragem, ou inflexão, da política externa brasileira na área de segurança internacional, porque esta foi a ação de maior escala já implantada pelo Governo brasileiro nessa área, depois da criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Para isso, foi analisada a política externa brasileira, com enfoque na área de segurança internacional, cujo pragmatismo histórico foi revisto, especialmente em relação à postura da não intervenção em assuntos internos de outros países, respeitando a soberania dos Estados. Por isso, sempre defendeu apenas intervenções armadas consentidas, amparadas no capítulo VI da Carta da ONU (CNU), e não aquelas sem consentimento interno, amparadas no capítulo VII, como é o caso da missão no Haiti. Pela primeira vez o Brasil assumiu o comando de uma Missão de Paz, fato que tem grande significado por si só e pela correspondência com a área geográfica da operação: o Caribe, região de forte presença dos Estados Unidos. Dessa forma, a missão está carregada de simbolismo, pois pode ser considerada a maior ação de política externa brasileira na atualidade. Um balanço dos impactos da missão durante mais de uma década de funcionamento torna-se importante para a construção de argumentos acerca de sua centralidade na política externa brasileira na área de segurança internacional, no período de 2004 a 2017. Interesses estratégicos nacionais estavam na base da formulação dessa política, especialmente liderança e inserção regionais, bem como maior protagonismo em âmbito mundial, sobretudo em questões de paz e segurança. 10