Esta investigação tem como objetivo avaliar a influência da criminalização dos crimes e abusos cometidos pelos tribunais nos julgamentos de Nuremberga dos líderes sobreviventes do regime nazi após a Segunda Guerra Mundial e os fundamentos da sua constituição, que representou um avanço jurídico que seria mais tarde utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o desenvolvimento de uma jurisprudência internacional específica sobre o tema da guerra de agressão, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, bem como para a posterior criação do Estatuto de Roma, em 1998, que foi a primeira tentativa da ONU de criar um Tribunal Penal Internacional para julgar os responsáveis por genocídio, excessos de guerra, tortura e crimes contra a humanidade, tais como assassinatos, discriminações, agressões e desaparecimentos forçados em ditaduras abertas ou em autocracias modernas, que se refugiam sob a fachada da democracia.