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As histórias que contamos a nós mesmosinvestiga por que um pequeno acontecimento — um atraso, um e-mail ríspido, uma notícia — explode dentro de nós em enredos que guiam emoções, decisões e até política. Com linguagem clara e rigor conceitual, o livro costura neurociência, psicologia, filosofia e ciências sociais para mapear quatro engrenagens da mente narrativa: a máquina preditiva (crenças prévias e “peso de confiança”), o narrador/DMN (fio autobiográfico), o radar reputacional (custos sociais de admitir erro) e o tear linguístico (como a língua manufatura a experiência).A partir desse mapa, o leitor entende a dissonância cognitiva como um “rasgo” no enredo do eu, vê como ecologias digitais amplificam micronarrativas e polarizações, e descobre por que certos contextos favorecem aprendizado enquanto outros empurram para dogmatismo ou ruminação. Sem cair em receitas fáceis, o livro oferece lentes práticas e exercícios leves para flexibilizar certezas, nomear emoções com mais precisão e reabrir capítulos quando for preciso — mantendo o rumo sem fechar os olhos.Para quem busca pensar a própria vida com honestidade intelectual e sensibilidade, este é um convite a cultivar coerência porosa: firme o bastante para orientar, aberta o bastante para aprender.
